Caixa anunciou na última quinta-feira (27/07), o início da distribuição de R$ 12,7 bilhões de lucro do FGTS

Nesta terça-feira (25), a Caixa Econômica comunicou que dará início à distribuição dos R$ 12,7 bilhões de lucro provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir da próxima quinta-feira (27). O processo de distribuição será concluído até o dia 31 de julho, na segunda-feira seguinte.

A quantia representa 99% do lucro obtido pelo fundo em 2022, que foi de R$ 12,8 bilhões.

O conselho curador do FGTS decidiu fazer a distribuição entre as contas dos trabalhadores vinculadas ao fundo. O dinheiro não poderá ser sacado separadamente. As regras para o saque do FGTS seguem inalteradas. Por exemplo, pode fazer o saque a pessoa demitida sem justa causa ou que vai comprar um imóvel.

Segundo o governo, o índice de distribuição será de 0,02461511. Ou seja, para saber quanto receberá o trabalhador precisa multiplicar o saldo da conta vinculada em dezembro de 2022 pelo índice de distribuição. Por exemplo, uma conta que tinha, na época, R$ 10 mil, terá um lucro creditado de R$ 246,15.

Quem tem direito a receber parte do lucro?

Conforme o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, todas as pessoas com contas (ativas ou inativas) vinculadas no FGTS em 2022, com saldo em dezembro, terão direito a receber uma parte do lucro. De acordo com o ministro, são 82 milhões de trabalhadores.

Segundo o Ministério do Trabalho, são 217,6 milhões de contas. Um trabalhador pode ter mais de uma conta vinculada.

Como consultar o FGTS ?

A consulta do saldo e extrato pode ser feita pelo aplicativo FGTS. O app está disponível para Android e iOS.

Fontes: Aqui, aqui e aqui

Os impactos da Reforma Tributária 2023 no Varejo

Pense em uma grande empresa varejista que vende produtos em várias categorias e possui lojas em diferentes estados, além de um e-commerce que emite um grande número de notas fiscais diariamente. Como cada um dos 27 estados possui suas próprias regras de ICMS e cada um dos 5.570 municípios tem suas próprias regras de ISS, o cumprimento das obrigações acessórias é um desafio significativo

Com a proposta da reforma tributária no varejo, o IVA (imposto sobre valor agregado) deve ter alíquota uniforme para todos os bens e serviços com legislação e regulamento unificados. A adoção de uma única alíquota é fundamental para distribuir melhor a carga tributária entre os setores econômicos. Com o aproveitamento integral dos créditos tributários, que torna a sua incidência não cumulativa e exclusiva no consumo final (não se aplica nas exportações e investimentos).

Simplificar e unificar os impostos sobre o consumo poderá deixar a vida no varejo menos burocrática.

Por último, é importante destacar a transparência como um ponto fundamental. Com a implementação do IVA, os contribuintes terão uma compreensão mais clara de quanto estão pagando em tributos ao adquirir um produto ou serviço.

Atualmente temos quatro projetos, sendo dois projetos de lei (PL) e dois projetos de emendas constitucionais (PEC) que se destacam no Congresso. São eles:

[1] PL 3887/2020 – que tem por objetivo a simplificação das contribuições para o PIS e para a Cofins, tornando-se um único tributo, o CBS (Contribuição sobre Operações com Bens e Prestações de Serviços)

[2] PL 2337/21 – que trata basicamente dos novos pilares atrelados ao Imposto de Renda (IR), ou também conhecido como “Reforma do Imposto de Renda”.

[3] PEC 110/2019 – este surgiu através de iniciativa do Senado Federal, e é o principal desdobramento quando se fala em reforma tributária.

[4] PEC 45/2019 – este surgiu com base na PEC 110/2019, mas por iniciativa da Câmara dos Deputados.

Importante ressaltar que ambos os projetos têm essencialmente um mesmo objetivo em comum: simplificar e unificar a arrecadação de vários tributos que têm diferentes fatos geradores atrelados ao consumo em um só, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).

A reforma tributária ocasionará mudanças no sistema tributário nacional e o varejo por ser “a ponta final” será um dos mais impactados, isso porque atualmente temos uma carga tributária alta, legislações complexas e custos elevados pelos desembolsos acessórios exigidos dos contribuintes, penalizando a porção da população menos favorecida e empresas que estão em conformidade com o fisco.  Nos deparamos com o dobro de tributação ao longo da cadeia produtiva devido à coexistência entre impostos cumulativos e não cumulativos (ICMS, ICMS ST com muitas tributações distintas conforme o setor econômico, PIS e COFINS com algumas modalidades, ISS, entre outros) com desafios na utilização de créditos tributários.

Fontes: Aqui e aqui

Governo recua e diz que não vai mais taxar compras de até US$ 50

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu o recuo, após forte reação contrária à medida. Haddad disse que o presidente solicitou à equipe econômica que busque resolver a questão administrativamente, com reforço na fiscalização.

A pasta havia sinalizado a intenção de aplicar a taxação na última semana. Plataformas de e-commerce que possibilitam a compra de produtos localizados no exterior, como Shein, Shopee, Ali Express e até eBay e Mercado Livre estavam cotadas para a lista. A ideia, no entanto, causou grande polêmica, com os consumidores temendo o aumento de preços de produtos que passaram a ser acessíveis para uma parcela da população por meio desses sites.

Segundo o ministro, o objetivo é diminuir uma concorrência desleal com as empresas brasileiras, que pagam seus tributos regularmente. “Nós sabemos aí que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas que estão abertas aí, sofrendo a concorrência desleal dessa empresa”, afirmou.

Fiscalização:

Questionado se há mão-de-obra suficiente para o reforço na fiscalização pela Receita e sobre a possível redução na arrecadação prevista, Haddad disse que a tarefa “não vai ser fácil”.

“Não vai ser fácil porque essa brecha, ela está sendo usada de má-fé. Todo mundo sabe que é de má-fé. Ontem, recebi telefonema, só para você ter uma ideia, eu falei com o presidente da Confederação Nacional do Comércio, CEOs de redes de varejo, todo mundo muito preocupado com a concorrência desleal”, afirmou. No entanto, segundo o ministro algumas empresas já se dispuseram a colaborar no esforço.

Fontes: Aqui e aqui