O conceito de fazenda vertical (vertical farm em inglês) foi cunhado em 1999 pelo biólogo Dickson Despommier, da Universidade de Columbia, em Nova York. Entretanto, Dickson não foi o primeiro a idealizá-lo, já que em 1979 o físico Cesare Marchetti já havia desenvolvido algo similar.
Uma fazenda vertical é um conjunto espacial destinado para a produção de alimentos e remédios em camadas verticais. Essa prática, pensada principalmente para os grandes centros urbanos, tem sido vista como a tecnologia do futuro para alimentar as próximas gerações. A ideia é utilizar instalações automatizadas com o menor impacto ambiental possível. A alternativa é considerada sustentável por seus defensores.
Em uma fazenda vertical, além da produção de alimentos e remédios em camadas empilhadas verticalmente, podem ser utilizadas superfícies inclinadas verticalmente e/ou integradas em outras estruturas como arranha-céus, armazéns e contêineres. As técnicas empregadas se resumem basicamente a agricultura de interior e tecnologia de agricultura com controle ambiental (CEA, na sigla em inglês), em que todos os fatores ambientais podem ser controlados. Essas instalações utilizam controle artificial da luz, controle ambiental (umidade, temperatura, gases, etc.) e fertigação. Algumas fazendas verticais usam técnicas semelhantes às estufas, onde o aproveitamento da luz solar natural pode ser complementado com iluminação artificial e otimizado com refletores metálicos.
O ecologista Dickson Despommier defende a instalação de fazendas verticais sob o argumento de que a agricultura vertical pode ajudar a reduzir a fome. De acordo com ele, mudar a maneira de usar a terra da forma horizontal para a vertical possibilita a redução da poluição e do uso de energia incorporada nos processos de agricultura.
Quem é a favor da instalação de fazendas verticais nas cidades afirma que, ao reduzir os custos de energia necessários para transportar alimentos aos consumidores, as fazendas verticais poderiam aliviar significativamente as mudanças climáticas produzidas pelo excesso de emissão de carbono atmosférico.
A vantagem da introdução em larga escala desta tecnologia seria multiplicar a superfície cultivável praticamente sem custo, o que possibilitaria devolver vastas áreas de terra ao seu estado natural. Além disso, os defensores do conceito argumentam que esta técnica reduziria significativamente os custos de transporte e logística para o fato de que as fazendas verticais estarem localizado na vizinhança imediata dos consumidores.
Por outro lado, os críticos do conceito argumentam que os custos da energia adicional necessária para iluminação artificial, aquecimento e outras operações da fazenda vertical superariam o benefício da proximidade do prédio com as áreas de consumo.
O idealizador da ideia, Despommier, argumenta que a tecnologia para construir fazendas verticais existe atualmente. Ele também afirma que o sistema pode ser rentável e eficaz. Nesse sentido, estudos mostram que já existem diversas fazendas verticais na Europa e na Ásia. Além disso, sugerem que essa prática está se espalhando por todo o globo, trazendo vários benefícios.
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